sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Conto bonitinho e sem fim

Ontem eu presenciei o nascimento de um possível romance.Ele e ela estavam no ponto de ônibus.Ele a olhava enrolar o cabelo impaciente, Ela olhava a rua.Passaram uns cinco minutos assim.O ônibus finalmente chegou.Ele entrou rápido, me fazendo pensar por um momento que tudo tinha acabado.Ele passou pela catraca, e rapidamente pagou a sua passagem e a dela.Sem ter como recusar, Ela ficou só com cara de assustada.Virou rapidamente para agradecer e foi olhar a janela.Pensei que tinha acabado ali, que Ela agora só lembraria daquele dia como um dia estranho, mas Ela me surpreendeu: levantou e foi sentar ao lado dele.Perguntou novamente o porquê dele ter feito aquilo.Ele foi sucinto, simplesmente disse que gostou dela de primeira e queria agradar.Ela riu, disse que isso nunca havia acontecido com ela.Ele disse que era assim, sentia de primeira se gostava ou não das pessoas.Ela perguntou o nome dele, o que ele fazia, e ele foi respondendo, aos poucos, criando até um certo mistério.Ele contou algo engraçado, ela riu.Eu tinha que descer, estava chegando o meu ponto final, mas eu não queria sair assim, sem saber daquele fim ( ou se seria só o começo) .Fiquei a imaginar se eles trocariam telefone, se rolaria outro encontro, um namoro, talvez filhos...

Um comentário:

Anônimo disse...

Amores como esses ocorrem todos os dias. Podem evoluir ou morrer ali mesmo. Podem acontecer comigo, com você. Podemos ser tanto os observadores quanto os personagens. Podemos saber o final da história ou deixar passar despercebido. Ou quem sabe até escrever o final da maneira que quisermos. E é esse o diferencial. Aquela história pode encerrar ali, mas da sua história, você tem pleno controle. E digo isso à todos: não deixemos a nossa história morrer naquela última imagem.

Preciso dizer que adorei o texto?